terça-feira, 13 de dezembro de 2011



Quanto mais eu penso, mais me canso dessa história de remoer o Leoni dentro de mim com essa coisa toda de "por que não eu, ah ah, por que não eu?". É que tem horas que eu me sinto tão incapaz de ir em frente, tão medrosa de ser inteira sozinha. Não que eu queira ser dependente mas querer alguém que me incite a me bastar, a me orgulhar de ser quem eu sou ou quero ser. Chame de fraqueza, de imaturidade, diga "vai sofrer muito ainda de continuar por sentir isso" mas é que não dá pra entender essa insistência em ser tão importante, marcante e perfeita pra você, não dá pra entender esse vazio que aluga um quarto e sala aqui dentro. E dá um medo de ter ficado vazia no meio do caminho, e o vazio no fim não ser você.

sábado, 26 de novembro de 2011

Sobre fugas e recompensa

Tumblr_lupyenywhk1qguehko1_500_large

Dia desses voltei a falar com um amigo... e estaria tudo bem se ele não fosse-sempre-mais-que-amigo toda vez que aparecia; Então começamos a nos falar, a falar superficialmente sobre a vida, perguntei como ele estava depois de um término de namoro (que por sinal já fazia meses, mas mesmo assim perguntei), e ele perguntou como eu estava e essas coisas de sempre. Muitos dias não passaram até começarmos a, hm, flertar de novo, mas flertar pra valer, com direito a "Nunca realmente te esqueci e adoraria te ter de volta", e eu com isso? Caí na dele, como sempre fazia. Mesmo depois de idas e vindas, encontros e despedidas, choros, frustrações e sorrisos eu caí na dele de novo. E não pensem que esqueci de todas as outras coisas que passamos ou do meu coração frequentemente quebrado por ele, é só que eu tinha as coisas boas de nós dois em maior número na memória, e eu gostei tanto de sentir isso de novo! Os dias foram passando, os apelidos carinhosos chegaram, os sms trocados durante todo um dia também. Eu mal podia acreditar que alguém gostava de mim igual ou mais que eu dessa outra pessoa; eu me encontrava em êxtase, afinal ele tinha um sorriso lindo, tinha aqueles amigos de sempre, uma família linda e era apaixonado pela mãe dele. Falem o que quiser, mas eu acho lindo um cara que idolatra a mãe, MAS ESPERA é tudo isso sem querer ser melhor amigo-vamos-fofocar-e-trocar-confidências-na-cozinha porque assim é demais. Até nisso ele tinha na medida certa. Acho que não são muitas pessoas que encontram outras que te fazem desconfiar se a outra pessoa tem algum tipo de manual com um subtítulo o seu nome; ele sabia o que me fazia feliz desde um sorriso, o modo de olhar até como me tocar entre um beijo e outro pra que eu perdesse o ar. Eu estava mais feliz, mais simpática e até mais receptiva com as coisas; olhava pro espelho todos os dias e pensava: "É, eu gosto dessa versão de mim. Fica pra sempre?", e esse foi o beijo da morte em algum dia de novembro. O pra sempre parece carregar consigo um tipo de magia transcedental e algo destruidor; é só pensar na expressão engraçadinha pra ela dar gargalhadas e chutar sua bunda. Ele me deu o grande bolo do aniversário do ano que vem, não ligou ao menos pra dizer que não poderia me encontrar ou um sms com um pedido esfarrapado qualquer de desculpas. E desapareceu por dias. E eu fiquei sem saber como agir por dias. Ele entrava nas redes sociais e não falava mais comigo como fazia antes, quando eu falava não me respondia, eu andava com o celular ligado 24 horas por dia e até pro banheiro eu levava e nada! Eu até chorei por medo enquanto ele postava fotos de festas e bebidas e garotas e, em um dia desses, ele veio falar comigo: "Você sumiu, hein" OI?? E foi a deixa pra eu dizer que o bolo que me deu me deixou realmente chateada com a falta de consideração, que eu fiquei realmente triste pela ausência dele por todos aqueles dias; afinal, ele tinha prometido não sumir ou fazer nada pra me magoar outra vez. E ele disse que ele só tinha sumido por poucos dias, porque precisava de um "tempo pra ele", que estava estressado e que tentou ligar pra mim e que, no mínimo, eu estava paranóica. Eu fiquei sem reação com a desculpa menos que esfarrapada e com a mentira; esse não era o cara que eu conhecia. O cara que eu conheço nunca falaria nada disso pra mim, esse cara desconhecido não liga pra nada que tenha a ver comigo, é um mentiroso. "Tolinha" foi isso que eu disse pra mim assim que absorvi a situação. Foi quando entendi que ele sempre vai ser o cara de sorriso lindo, amigos de sempre e uma família linda, mas ele não fazia mais parte da minha vida e nem deveria fazer. Porque ele, de me conhecer por anos, trazia de volta a Coraline de antes, a apaixonada, doce, e prestativa, e me fazia esquecer da pessoa que sou hoje; ele trazia à tona a Coraline sem defeitos, só o lado doce e, quando viu nem 0,1% do lado não-tão-doce-assim não me reconheceu, recuou. E aí descobri que nunca me dei inteira, e que ele nunca me aguentou inteira e que por isso nossos encontros sempre foram pela metade, como se continuasse da parte bonita em que parou; e as coisas não funcionam assim e por isso nossos números nunca dariam resultado em uma conta de mais. Foi difícil até entender, na verdade, confesso que ainda estou entendendo mas eu preciso deixar esse sentimento, que eu sei que guardo em uma caixinha toda vez que ele vai embora, ir pra me deixar no modo disponível por inteiro a outra pessoa nesse universo, mas mais ainda me deixar disponível pra mim.
Vezenquando eu ainda sonho com ele tentando voltar pra minha vida de alguma forma, mas a diferença é que nesses novos sonhos eu me vejo feliz e com pena dele por ser atraído a mim só quando eu me renovo, fico leve e a força volta. Pena por ele ainda não conseguir se sentir inteiro e precisar ir atrás de suprimentos pra algum vazio que deve existir ali dentro. Enquanto isso eu vou aprendendo que não é porque uma roupa sai de moda, e de repente, nos damos conta de que ela ainda nos serve não significa que temos que usá-las mais uma vez e sim que temos que olhá-la, apesar de estar desbotada e com alguns furos, com um sorriso no rosto, porque sem ela não nos daríamos conta de que existem calças melhores, que nos servem melhor e não perceberíamos que ela pode ser uma das suas calças mais confortáveis e... jeans, eu amo jeans, nada de jeans; vamos falar do pretinho básico... no caso, eu mesma, e nunca, nunca sai de moda.

sábado, 12 de novembro de 2011

" Às vezes penso que tornam de propósito as coisas mais duras do que realmente são, só pra ver se eu reajo, se eu enfrento. "
 

domingo, 21 de agosto de 2011

Frivolidade



"A gente sempre procura um amor que dure o mais possível. Procura, procura, talvez tu aches. Pra mim é horrível eu aceitar o fato de que eu tô em disponibilidade afetiva. Esse espaço branco entre dois encontros pode esmagar completamente uma pessoa. Por isso que eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo, porque não aguenta o fato de estar sozinho. Eu me sinto superfeliz quando encontro uma pessoa tão confusa quanto eu."

(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tentativas



Deixe a mensagem após o sinal: "Gosto do modo carinhoso e inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão." Andei pensando...não é só vontade de você que eu tenho guardada, mas de não gostar de perder o que já era para ter ganho. Impostor, isso que você é. Me disse todo esse discurso ao longo desse caminho desconhecido que resolvemos entrar sem que ninguém soubesse. Meus créditos estão esgotando mas, antes de desligar de vez, não deixe inacabado. Que seja malfeito, mas seja.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Reflexo debilitado


As linhas que estou preenchendo agora nada mais são uma forma que encontrei de me expôr para me compreender (como vêm sido todos os outros). Tenho descoberto que escrever têm sido uma das formas mais eficazes que encontrei para,de alguma forma, me encontrar no meio do caminho. Acho incrível a forma com que as ideias se misturam na minha mente e de como as palavras se entrelaçam, como se tivessem vontade própria. Vontade de não serem descobertas, de não serem captadas, de não serem compreendidas, quase como me mandassem parar de tentar decifrá-las. Como se fizessem parte de ações que ainda não pratiquei.
Eu só queria ter respostas, parar de fazer perguntas porque só incitam toda essa confusão que faz minha cabeça doer, os olhos pesarem e só conseguir encarar a rotina com um pote de sorvete de chocolate em cada final de noite. Ando cansada dessas buscas incessantes por algo que nem eu sei do que se trata. Cansada da busca por mim mesma; a que eu fui, sou e pretendo ser. Cansada de tentar buscar cada coisa boa de todas essas "eu" que fazem parte de mim. Sou mais metades incertas que um inteiro e acabo levando isso pra vida, ao ponto de ter sempre uma explicação para não viver. À espera de um futuro incerto, de pessoas cativantes e óbvias, de um lugar novo com idioma assustador. De todos esses ventos contrários, o único assovio que não quero ouvir: "Quem é você?"

Lig(ação) perdida



Hesitei tanto para não deixar transparecer todo esse medo, tanta confusão, tanto sentimento travado que agora, o que restou mesmo, é uma louca vontade de gargalhar e fingir que nada foi desperto.

sábado, 9 de julho de 2011

Cafajeste movimento involuntário


Aquela velha frase "as coisas não são como você quer" deveria mudar para "as coisas nunca são como você quer". Em alguma parte da nossa vida a gente aprende que nos machucar é muito fácil, como rasgar um papel. E acaba tendo que achar nossos próprios caminhos para que isso não seja assim tão simples, tão visível e tão vil. É que a gente cansa, sabe. Com vontade, com garra, a gente cansa. Aí lembramos que aquele tal de coração só tem uma função: te manter vivo. Mas por que diabos ele insiste em querer, na maioria das vezes, exatamente o que nos é contrário? Contrário às nossas vontades, à nossa rotina, ao nosso racional. Espera, o cérebro também tem a mesma função, e nos trai mais habilmente que o pobre coitado do coração, que dizem ser o culpado quando, na verdade, é mais uma vítima.
Minha vontade sempre foi fazer das coisas as mais simples. A vida já é tão corrida e confusa. É tão mais simples ver tudo pelo lado prático, deixar os desejos fluirem, as esperanças entrarem em ebulição e, quem sabe, até deixar o tal do amor passar. Ele parece ser simples, ser raro. Eu não sei, não o conheci ainda e nem estou preparada para tal. Quem me visita mesmo é a paixão. Essa é cruel, forte e o mais doce veneno. Não tem pudor, nem paciência e ataca qualquer um que ela sentir assim, mais próximo, com um olhar misterioso e escuro. As intenções dela são boas, mas sempre as praticam da maneira errada. Bagunça, tira todo o muro que você fez questão de construir, joga o sossego pela janela e rasga, bem na sua frente, todo seu auto-controle. Dá total abertura para a tal inquietude entrar e te mostrar o sol em um dia nublado com o mais belo dos sorrisos. Nunca gostei de sorrisos fáceis, mas essa paixão iniciante... ah, essa me deixa com uma vontade de sorrir de volta e ir ver o sol. Ele é tão quente, deixa tudo tão claro, até essa tal de paciência e sossego às vezes resolve passar pela rua do meu sistema. De repente, ela vai embora. Sem explicação, sem sofrimento, sem culpa, só vai. E tudo volta a ser estranho e monótono. O seu muro começa a se reerguer e a pôr cada pedacinho da sua vida em seus devidos lugares. Arrasta sentimentos, constrói prateleiras para o amor próprio e deixa a faxina por minha conta. Mais trabalho. Desculpa coração, a ventania entrou e fez uma sujeira notável. Eu vou limpar a pequena bagunça e deixar tudo habitável outra vez. Olhando bem, nem foi tão terrível assim, sobrou a amizade. Isso eu sei muito bem que sobrevive a tudo, é o tipo de coisa que você não me deixa esquecer. Desculpa coração, errei outra vez.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bem-vindas, borboletas?



Mais uma vez não sei o que fazer. Mais uma vez com esse incômodo e incerteza. Há quanto tempo não nos encontramos por esse motivo, hein?  É divinamente estranho. Ainda me assusta o fato de conseguir sentir de novo, de ficar confusa de novo, de não ter certeza de nada quanto a uma parte da minha vida... ACHO UM DISPARATE! Eu deveria controlar tudo relacionado a mim, afinal estamos falando do que eu quero pra mim, de razão. Ou não? 
Ando mais paciente, sensível, perceptiva e ansiosa, estúpida e com respostas mais rápidas. O que foi que aconteceu nos últimos meses? Seria um sinal da maturidade ou... aquilo? Mas não pode ser, insisto que não. É cedo demais, precipitado demais, calmo demais... minha conclusão deve ser demais também. E não existe um sujeito, devem ser as borboletas implorando por um, já faz tanto tempo desde o último suspiro. Chego a conclusão de que senti falta de sentir todo esse tempo, talvez não seja tão mal fazê-lo outra vez. Bem-vindas, borboletas?

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sem título, com sentimento



De vez em quando a pressa é tanta que passa do limite de velocidade. Mas aí você aparece e as vontade vão se adequando, adiando, deixando perdurar. É melhor assim ou o que eu tenho mesmo é medo de que acabe.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Se encaixar, acostumar.




Sempre vivi em lugares agitados. Seja pelas pessoas, pelo lugar, pelo barulho dos carros e isso sempre soou como uma canção de ninar pra mim. Soava como uma prova de que o mundo roda e continua a todo instante; eu sempre quis rodar com ele. Já estou saturada de ouvir: "Essa vontade existe porque você ainda tem 16, é fase", "Isso vai passar", "O mundo é grande e difícil demais. Você ainda não sabe do que está falando". Talvez eu não saiba mesmo, ou talvez eu não queira saber. Não quero que a minha coragem e vontade de tentar voe com o vento chamado tempo. Não consigo esperar, não consigo acalmar esse furacão que parece estar pronto pra sair de mim a cada flash do futuro. Mas eu tento, juro que tento. Os dias passam e vou guardando cada pedacinho das minhas vontades, tentando entrar em um acordo com essa tal parte de mim que faz dar certo. Talvez agora eu só queira alguém que me escute, não que entenda meus propósitos. Talvez as palavras me ajudem, mas eu também nunca me dei muito bem com elas.